Encolher sentimentos
Dobrá-los milimetricamente
Para que se possa engoli-los
Fazendo-os escorrer
Num labirinto longínquo
Ausente na língua
Para que não sopre infortúnio
E não se dilacere em íngua
O gosto , porém, permanece
Talvez haja vestígios no hálito
Sentimento assim não fenece
Sobrevive amordaçado e ávido
Amar em ciranda, insana
Atrai mal olhado, desanda
Antes nascer como planta
A viver com sentimento enjaulado
Ana Suelen Pisetta
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
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