quinta-feira, 1 de abril de 2010

NOTÍCIAS A SILVÉRIO (carta poética)

Na gangorra do cotidiano
Dias de poças de lama
Precipício e correnteza surda
Na rua sombra e engano
Um grito que se estrangula

Expandir-se num cubículo
Abrir os olhos em água salgada
A vertigem do redundante vício
Incômodo feito unha lascada

Acariciar a fúria
Sem recolher os dedos
Oferecer petúnia
Rasgar lamentos

Alimentar a razão
Equilibrar-se na fé
Tentar à exaustão
Cair e manter-se em pé

Ana Suelen Pisetta
25/03/2010