giro em passos de valsa
nua, louca, amarga
agarrada a um vestido virgem
canto baixo ao seu ouvido
entupido
esparramada em pedregulhos
pontiagudos, amorteço
e teço cada teia
que te amarra
fito com palpável adoração
seus olhos que não sei a cor
ânsias de uma volúpia anciã
que não se cansa
âmago sedutor que invade
e percorre a devastação
de um corpo frouxo,
incasto,
dançante sem passos
tu que adentras
por todos meus poros
age como morfina
me estrangula
com monossílabos
tu que me torce
que me lê do avesso
que me chama
que me esquece
nua, dançando
em solo imaginário
e abandonada à autodidaxia
de amar você
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