terça-feira, 25 de março de 2008


INVERTIDO

Em frente ao espelho:
Quem é você?
E estes olhos pintados? Pra quê?
Reflexão e desconsolo
Por que cresceu?
Por que perdeu seus dentes de leite?
Não era contente?
Por que desejou tanto ser grande?
Pra quê?
Onde pensa que vai?
O que vai fazer agora que é?
Silêncio, olhos nos olhos refletidos
A vida nos fez crescer sem querer
Eu até desculpo você
Mas só se me prometer
que nunca vai me esquecer
sou a criança que sobreviveu em você
e que ainda quer viver
Sorriso e descanso...
Ana Suelen Pisetta

Um comentário:

Carlos Pereira jr (merlimkerunnus) disse...

Oi Ana,
O monologo interior do poema Invertido é bastante interessante. Essencialmente acho que poesia é imagens em palavras e estes versos constroem uma imagem realmente interessante da pluralidade de eus e dialogos intimos que nos definem provisoriamente o rosto.
A propósito visitei a pagina do "Cultura Circular e achei bastante interessante. Posteriormente envio alguma coisa para o jornal me identificando como seu amigo.
bjs.